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Gabriel, A ladeira, o Pimenta


Título: Gabriel, a ladeira, o Pimenta- A culpa não foi minha

Autor: Leonardo Otaciano

Publicação:2014

Gênero: Infanto juvenil

Sinopse:

“ Mas que droga, qualquer dia desses eu quero sair de férias, pelo tanto de vezes que eu desço e subo essa ladeira, vou acabar morto. Pra falar a verdade é mais certo eu dizer que , qualquer dia desses eu sumo de vez, vou virar um magrelo de canelas finas, tão finas que não vou conseguir parar em pé e o primeiro vento que passar me leva junto com ele”.

“Minha mãe costuma dizer que quando a situação tá boa demais os anjos desconfiam. Por certo este ditado está trocado, mas ela é assim mesmo, vive inventado SEUS BORDÕES, mais pra frente vocês vão ver que eu não estou mentindo, apesar de muita gente dizer que além de malcomportado eu sou um belo mentiroso.”

“Mas a culpa não é minha, e eu só falei o que me falaram e depois bagunçaram e espalharam o que eu falei”.

O que dizer de um livro que muito ensina? O livro me fez relembrar a época em que eu lia os livros da série vagalume. Quem é o Pimenta? Um menino das ruas de Vila Isabel, um menino como muitos por aí, com a diferença de que o nosso menino se ousou mais ao nos contar a sua história, pois possuía habilidades que muitos não sabiam existir, talvez ocultado por suas peraltice, escondido sempre no uso de sua frase : A culpa não foi minha! O livro despertou em mim vários sentimentos, que em dados momentos um sai e dar lugar a outros. E me coloco a observar uma realidade pelo olhar de um garoto de 9 anos de idade, garoto ágil , alegre, falava o que lhe dava na telha e de vida simples, porém vivia de forma encantadora e desafiadora, criando confusão por demais , coisas que fazia muito bem.

O livro nos é narrado aos olhos do Gabriel, em que sua vida se passa no morro, morro este que por sua vez está passando pela transição de pacificação do Rio de Janeiro, que é um programa de Estado de Segurança que visa recuperar territórios ocupados há décadas por traficantes e milicianos, através das unidades de polícia Pacificadora (UPPS).

Não pedir um texto mais informativo ou mais detalhado sobre o assunto, pois não foi necessário, até por que considerando a idade que este tem, e sendo uma criança a narrar, este narrou e nos apresentou tudo certinho, nos colocando a par das coisas e dos acontecimentos.

A vida do Gabriel, não é nada fácil, tive vontade de dar uns puxões de orelha em seus colegas, rs, pelo que faziam ao nosso Pimenta . O Gabriel é um bom menino, o que lhe faltava era certo freio com a língua, que sem perceber tudo virava uma confusão. Eu sempre a lhe dizer ,,, calma Pimenta, para criarmos inimigos, basta falarmos a verdade.

O garoto mora apenas com a sua mãe em uma casa humilde, uma mãe batalhadora, sofrida, mostrando que não teve e não tinha uma vida fácil. Apesar das dificuldades educava o filho da melhor forma possível, e possuía belíssimos bordões, e que o filho a utilizava com frequência mesmo não sabendo realmente o verdadeiro significado, mas tudo se encaixava, o uso das figuras de linguagem se fez presente de forma interessante a exemplo de: taquaras rachadas, O cúmulo do capenga. Eita lapada sem mão e tantas outras. Gostei por demais da linguagem utilizada, pois esta é meio de socialização entre os seres.

Confesso que o pequeno me fez chorar com a chegada de um tio, pois desencadeia sentimentos, alguns guardados e outros novos, que de certa forma a partir desse reencontro o livro cresce, o nosso menino, de certa forma toma uma nova forma, isso é crescimento.

E veio às perdas, lidar com elas não é nada é fácil, no entanto, fez de nosso menino um homem menino. Chorei com ele, pelo que a vida o impôs para ele. Por quê? Porque a vida tem disso, as estórias se encontram e nós que somos os meros leitores nos vemos na estória, nos contagiamos, e de certa forma nos colocamos no lugar do outro e consequentemente nos emocionamos.

E os demais personagens? Sim, tem outros personagens, tem os amigos e os não amigos do Pimenta, tem a velhinha que tudo via sentada em sua cadeira, tem a menina , a Cristal, por quem o coração do nosso menino batia mais que o normal...rs. Tem tanta gente legal lá no morro. O cansaço do sobe e desce a ladeira, e, as brigas e intrigas com os colegas e moradores. Cada um com suas vidas e experiências, e no decorrer da narração percebemos que favela é como qualquer outro lugar e que “Também é lugar de Gente”.

Senti um aperto no coração ao me despedir do Gabriel o nosso Pimenta, e o imaginei moço crescido, tem personagem que é assim, fechamos o livro, mas os personagens, estes ,levamos em nossos corações.

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Para falar com o autor:https://www.facebook.com/leootc?fref=ts​


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