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Elogio da Loucura - Erasmo de Rotterdam

Tive o prazer de nesses dias de férias, ser apresentada ao livro: Elogio da Loucura, de Erasmo de Rotterdam, um humanista e teólogo que viveu durante a idade média. Este livro é um ensaio, escrito em 1509 e publicado em 1511, uma total sátira a sociedade dos séc. XV e XVI. A intenção de Erasmo ao escrever este ensaio era apenas para pilheriar com seu colega e amigo Thomas Morus: “Foi pelo fato de ter pensado, no início, em teu próprio sobrenome Morus, tão próximo ao da Loucura (Moria). Thomas Morus Filósofo e Santo da igreja católica passou a história universal como autor da “Utopia”, publicada em 1516. A obra tornou-se uma palavra comum do vocabulário universal. Agora, que lhes informei quem é o amigo de Erasmo para quem o texto foi escrito, prossigo com meu encantamento ao texto elaborado por codinome Loucura.

O livro tem aspectos satíricos, seguindo de um aspecto mais sóbrio e intenso no que tece uma autodepreciarão, apresentando como única verdade, elogiando-se. O texto nos apresenta uma Deusa da Loucura, uma divindade que por sua vez é responsável pelo comportamento humano, e se coloca a todo momento como sendo a autora de todas as famosas proezas, a exemplo de: O amor a primeira juventude, a meninice e seus atrativos e o esquecimento das magoas na velhice, pois como cita a Loucura “quanto mais se entra na velhice, tanto mais se aproxima o homem da infância, a tal ponto que sai deste mundo como as crianças sem desejar a vida e sem temer a morte” A Loucura se coloca a todo o momento em afronta a outros deuses, que estes por sua vez disponibilizam apenas alguns favores, e pequenos diante de sua tão enorme e grande bondade, dispensados a humanidade que é o bem maior a 'Volúpia”, indo ao dicionário encontrei essas palavras para melhor vos apresentar sinônimos a tão magnânima palavra: deleite, amenidade, delícia, gozo, sensualidade, luxuria lubricidade, usufruto entre outras. A cada página o autor reafirma sua importância, definindo a Loucura como: desordem que exerce no homem a alegria ao devaneio do que é o prazer em aproveitar a vida com os prazeres da Volúpia, pois sem alegria, a vida humana nem se quer merece o nome de vida.

Quanto o seu conceito sobre a mulher, não deixa de ser, um tanto quanto medieval, pois afirma “é que desse uma mulher para o homem, porque embora seja a mulher um animal inepto e estúpido, não deixa, contudo de ser mais alegre e suave, e, vivendo familiarmente com o homem, saberá temperar com sua loucura o humor áspero e triste deste” Confesso que me coçou a língua vontade de praguejar a bendita Loucura. Em um dado momento começa a ludibria-la:... “Conserva sempre a frescura da face, a sutileza da voz, a maciez da carne, parecendo não acabar nunca, para elas a flor da juventude”. Depois lá vem a loucura e paulada nas mulheres... “Além disso, que outra preocupação tem as mulheres, a não ser a de proporcionar aos homens o maior prazer possível? Não será essa a única razão dos enfeites e os homens tudo concedem ás mulheres por causa da volúpia e, por conseguinte só com a loucura que as mulheres agradam aos homens”. Relaxo... E compreendo melhor de onde vem esse olhar... Agora aqui pra nós quem não sabe que apesar de estarmos em pleno século XXI a muitas mulheres que de fato tem sua preocupação apenas em agradar os homens?... E quem imagina apenas isso, por muitas vezes se enganou. Pois como as relações há muitas mulheres que sabem se portar e fazer o diferencial entre suas iguais através do fato de pensar.


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